sábado, 26 de junho de 2010

ROTEIRO HOMILÉTICO DO DIA 27/06/2010

Roteiro Homilético – XIII Domingo do Tempo Comum (Ano C)
TEMA

A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do “Reino”.
A primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.
O Evangelho apresenta o “caminho do discípulo” como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao “Reino”. Sugere, também, que esse “caminho” deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.
A segunda leitura diz ao “discípulo” que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.

LEITURA I – 1 Re 19,16b.19-21

Naqueles dias, disse o Senhor a Elias:
«Ungirás Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar».
Elias pôs-se a caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a lavrar com doze juntas de bois e guiava a décima segunda.
Elias passou junto dele e lançou sobre ele a sua capa.
Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe:
«Deixa-me ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo».
Elias respondeu:
«Vai e volta, porque eu já fiz o que devia».
Eliseu afastou-se, tomou uma junta de bois e matou-a; com a madeira do arado assou a carne, que deu a comer à sua gente.
Depois levantou-se e seguiu Elias, ficando ao seu serviço.

AMBIENTE

Esta passagem do Primeiro Livro dos Reis leva-nos até ao séc. IX a.C. Estamos na época dos dois reinos divididos.
Os profetas Elias e Eliseu, aqui referenciados, exerceram o seu ministério profético no reino do norte (Israel), no tempo dos reis Acab e Ocozias (Elias), Jorão e Jehú (Eliseu). É uma época de grande desnorte, em termos religiosos: a fé jahwista é posta em causa pela preponderância que os deuses estrangeiros assumem na cultura religiosa de Israel.
Uma grande parte do ministério de Elias desenrola-se durante o reinado de Acab (874 853 a.C.). O rei – influenciado por Jezabel, a sua esposa fenícia – erige altares a Baal e Astarte e prostra-se diante das estátuas desses deuses. Estamos diante de uma tentativa de abrir Israel ao intercâmbio com outras culturas; mas essas razões políticas não são entendidas nem aceites pelos círculos religiosos de Israel. Nessa época, Elias torna-se o grande campeão da fé jahwista (cf. 1 Re 18 – o episódio do “duelo” religioso entre Elias e os profetas de Baal, no monte Carmelo), defendendo a Lei em todas as suas vertentes (inclusive na vertente social – cf. 1 Re 21 – o célebre episódio da vinha de Nabot), contra uma classe dirigente que subvertia a seu bel-prazer as leis e os mandamentos de Jahwéh.
A luta de Elias no sentido de preservar os valores fundamentais da fé jahwista será continuada nos reinados seguintes por um dos seus discípulos – Eliseu. A leitura que nos é proposta apresenta-nos, precisamente, o chamamento de Eliseu.

MENSAGEM

O texto propõe-nos uma reflexão sobre o chamamento de Deus e a resposta do homem.
O quadro inicial da nossa leitura situa-nos no Horeb, a montanha da revelação de Deus ao seu Povo (cf. 1 Re 19,8). Porquê no Horeb? Porque aí, no lugar onde começou a Aliança, Deus vai definir os instrumentos do restabelecimento da Aliança:
Elias é convidado a ungir Eliseu como profeta; ele será (juntamente com Jehú, futuro rei de Israel e de Hazael, futuro rei de Damasco) o instrumento de Deus na aniquilação de Acab, o rei infiel a Jahwéh e à Aliança. Trata-se da única vez que o Antigo Testamento refere a “unção” de um profeta.
Após a apresentação inicial, o autor deuteronomista desenha o quadro do chamamento de Eliseu. Ele está no campo, com os bois, a lavrar a terra quando Elias o encontra e o convida a ser profeta: o profeta não é alguém que, repentinamente, cai do céu e invade de forma anormal o mundo dos homens; também não é alguém que se torna profeta porque não serve para outra coisa; mas é sempre um homem normal, com uma vida normal, a quem Deus chama, indo ao seu encontro e falando-lhe na normalidade do trabalho diário, para lhe apresentar o seu desafio.
Elias lança sobre Eliseu o seu “manto”. Este gesto tem de ser entendido à luz da crença de que as roupas ou os objectos pertencentes a uma pessoa representavam essa pessoa e continham qualquer coisa do seu poder: dessa forma, Elias comunica a Eliseu o seu poder e o seu espírito proféticos (cf. 2 Re 2,13-14; 4,29-31; Lc 8,44; Act 19,12).
Temos, depois, a resposta de Eliseu ao desafio que Deus lhe lança através do gesto de Elias: imolou uma junta de bois, queimou o arado, assou a carne dos bois e deu-a a comer à sua família; depois, seguiu Elias e ficou ao seu serviço.
O gesto de Eliseu significa, provavelmente, o abandono da vida antiga, a renúncia à antiga profissão, a ruptura com a própria família e a entrega total à missão profética.
Exprime a radicalidade da sua entrega ao serviço de Deus.

ATUALIZAÇÃO

Ter em conta, para a reflexão, os seguintes dados:

A história da salvação não é a história de um Deus que intervém no mundo e na vida dos homens de forma espalhafatosa, prepotente, dominadora; mas é uma história de um Deus que, discretamente, sem se impor nem dar espectáculo, age no mundo e concretiza os seus planos de salvação através dos homens que Ele chama. É como se Ele nos dissesse como fazer as coisas, mas respeitasse o nosso caminho e Se escondesse por detrás de nós. É necessário ter em conta que somos os instrumentos de Deus para construir a história, até que o nosso mundo chegue a ser esse “mundo bom” que Deus sonhou. Aceitamos este desafio?
O relato da “vocação” de Eliseu não é o relato de uma situação excepcional, que só acontece a alguns privilegiados, eleitos entre todos por Deus para uma missão no mundo; mas é a história de cada um de nós e dos apelos que Deus nos faz, no sentido de nos disponibilizarmos para a missão que Ele nos quer confiar, quer no mundo, quer na nossa comunidade cristã. Estou atento aos apelos de Deus? Tenho disponibilidade, generosidade e entusiasmo para me empenhar nas tarefas a que Ele me chama?
O chamamento de Deus chega a Eliseu através da acção de Elias… É preciso ter em conta que, muitas vezes, o desafio de Deus nos chega através da palavra ou da interpelação de um irmão; e que, muitas vezes, é preciso contar com o apoio de alguém para discernir o caminho e ser capaz de enfrentar os desafios da vocação.
Finalmente, somos chamados a contemplar a disponibilidade de Eliseu e a forma radical como ele acolheu o desafio de Deus. A referência à morte dos bois, ao desmantelamento do arado (cuja madeira serviu para assar a carne dos animais) e ao banquete de despedida oferecido à família significa que o profeta resolveu “cortar todas as amarras”, pois queria dar-se, radicalmente, ao projecto de Deus. É esse corte radical com o passado e essa entrega definitiva à missão que nos questiona e interpela.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 15 (16)

Refrão: O Senhor é a minha herança.
Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Diga ao Senhor: «Vós sois o meu Deus».
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice, está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado, até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida, alegria plena na vossa presença, delícias eternas à vossa direita.

LEITURA II – Gal 5,1.13-18

Irmãos:
Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou.
Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade.
Contudo, não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a Lei se resume nesta palavra:
«Amarás o teu próximo como a ti mesmo».
Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros.
Por isso vos digo:
Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne.
Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito, e o Espírito desejos contrários aos da carne.
São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis.
Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.

AMBIENTE

Continuamos a ler a Carta aos Gálatas. Já sabemos qual é o problema fundamental aí abordado: os Gálatas estão a ser perturbados por esses “judaízantes” para quem os rituais da Lei de Moisés também são necessários para chegar à vida em plenitude (“salvação”); e Paulo – para quem “Cristo basta” e para quem as obras da Lei já não dizem nada – procura fazer com que os Gálatas não se sujeitem mais à escravidão, nomeadamente à escravidão dos ritos e das leis.
O texto que nos é proposto aparece na parte final da Carta. É o início de uma reflexão sobre a verdadeira liberdade, que é fruto do Espírito (cf. Gal 5,1-6,10).

MENSAGEM

As palavras de Paulo são um convite veemente à liberdade. Logo no início deste texto (vers. 1), ele avisa os Gálatas que foi para a liberdade que Cristo os libertou (a repetição – libertar para a liberdade – é, sem dúvida, um hebraísmo destinado a dar ao verbo “libertar” um sentido mais intenso) e que não convém voltar a cair no jugo da escravidão (mais à frente – vers. 2-4 – ele identifica essa escravidão com a Lei e com a circuncisão).
Os vers. 13-18 explicam em que consiste a liberdade para o cristão. Trata-se da faculdade de escolher entre duas coisas distintas e opostas? Não. Trata-se de uma espécie de independência ético-moral, em virtude da qual cada um pode fazer o que lhe apetece, sem barreiras de qualquer espécie? Também não.
Para Paulo, a verdadeira liberdade consiste em viver no amor (vers. 13-14). O que nos escraviza, nos limita e nos impede de alcançar a vida em plenitude (“salvação”) é o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência; mas superar esse fechamento em nós próprios e fazer da nossa vida um dom de amor torna-nos verdadeiramente livres. Só é autenticamente livre aquele que se libertou de si próprio e vive para se dar aos outros.
Como é que esta “liberdade” (a capacidade de amar, de dar a vida) nasce em nós? Ela nasce da vida que Cristo nos dá: pela adesão a Cristo, gera-se em cada pessoa um dinamismo interior que a identifica com Cristo e lhe dá uma capacidade infinita de amar, de superar o egoísmo, o orgulho e os limites – ou seja, com uma capacidade infinita de viver em liberdade. É o Espírito que alimenta, dia a dia, essa vida de liberdade (ou de amor) que se gerou em nós, a partir da nossa adesão a Cristo (vers.
16).
Viver na escravidão é continuar a viver uma vida centrada em si próprio (Paulo enumera, mais à frente, as obras de quem é escravo – cf. Gal 5,19-21); viver na liberdade (“segundo o Espírito”) é sair de si e fazer da sua vida um dom, uma partilha (Paulo enumera, mais à frente, as obras daquele que é livre e vive no Espírito – cf. Gal 5,22-23).

ATUALIZAÇÃO

Considerar, na reflexão, os seguintes elementos:

Os homens do nosso tempo têm em grande apreço esse valor chamado “liberdade”; no entanto têm, frequentemente, uma perspectiva demasiado egoísta deste valor fundamental. Quando a “liberdade” se define a partir do “eu”, identificase com “libertinagem”: é a capacidade de “eu” fazer o que quero; é a capacidade de “eu” poder escolher; é a capacidade de “eu” poder tomar as minhas decisões sem que ninguém me impeça… Esta liberdade não gera, tantas vezes, egoísmo, isolamento, orgulho, auto-suficiência e, portanto, escravidão?
Para Paulo, só se é verdadeiramente livre quando se ama. Aí, eu não me agarro a nada do que é meu, deixo de viver obcecado comigo e com os meus interesses e estou sempre disponível – totalmente disponível – para me partilhar com os meus irmãos. É esta experiência de liberdade que fazem hoje tantas pessoas que não guardam a própria vida para si próprias, mas fazem dela uma oferta de amor aos irmãos mais necessitados. Como dar este testemunho e passar esta mensagem aos homens do nosso tempo, sempre obcecados com a verdadeira liberdade? Como explicar que só o amor nos faz totalmente livres?
Falar de uma comunidade (cristã ou religiosa) formada por pessoas livres em Cristo implica falar de uma comunidade voltada para o amor, para a partilha, para as necessidades e carências dos irmãos que estão à sua volta. É isso que realmente acontece com as nossas comunidades? Damos este testemunho de liberdade no dom da vida aos irmãos que nos rodeiam? As nossas comunidades são comunidades de pessoas livres que vivem no amor e na doação, ou comunidades de escravos, presos aos seus interesses pessoais e egoístas, que se magoam e ofendem por coisas sem importância, dominados por interesses mesquinhos e capazes de gestos sem sentido de orgulho e prepotência?
ALELUIA – 1 Sam 3,9; Jo 6,68c

Aleluia. Aleluia.
Falai, Senhor, que o vosso servo escuta.
Vós tendes palavras de vida eterna.

EVANGELHO – Lc 9,51-62

Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem.
Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus:
«Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?» Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os.
E seguiram para outra povoação.
Pelo caminho, alguém disse a Jesus:
«Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe:
«As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me».
Ele respondeu:
«Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus:
«Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro:
«Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe:
«Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».

AMBIENTE

Aqui começa, precisamente, a segunda parte do Evangelho segundo Lucas. Até agora, Lucas situou Jesus na Galileia (1ª parte); mas, a partir de 9,51, Lucas põe Jesus a caminhar decididamente para Jerusalém. A “caminhada” que Jesus aqui inicia com os discípulos é mais teológica do que geográfica: não se trata tanto de fazer um diário da viagem ou de fazer a lista dos lugares por onde Jesus vai passar até chegar a Jerusalém; trata-se, sobretudo, de apresentar um itinerário espiritual, ao longo do qual Jesus vai mostrando aos discípulos os valores do “Reino” e os vai presenteando com a plenitude da revelação de Deus. Todo este percurso que aqui se inicia converge para a cruz: ela vai trazer a revelação suprema que Jesus quer apresentar aos discípulos e nela vai irromper a salvação definitiva. Os discípulos são exortados a seguir este “caminho”, para se identificarem plenamente com Jesus… Lucas propõe aqui à sua comunidade o itinerário que os autênticos crentes devem percorrer.

MENSAGEM

Lucas começa por apresentar as “exigências” do “caminho”. O nosso texto apresenta, nitidamente, duas partes, dois desenvolvimentos.
Na primeira parte (vers. 51-56), o cenário de fundo situa-nos no contexto da hostilidade entre judeus e samaritanos. Trata-se de um dado histórico: a dificuldade de convivência entre os dois grupos era tradicional; os peregrinos que iam a Jerusalém para as grandes festas de Israel procuravam evitar a passagem pela Samaria, utilizando preferencialmente o “caminho do mar” (junto da orla costeira), ou o caminho que percorria o vale do rio Jordão, a fim de evitar “maus encontros”.
A primeira lição de Jesus ao longo desta “caminhada” vai para a atitude que os discípulos devem assumir face ao “ódio” do mundo. Que fazer quando o mundo tem uma atitude de rejeição face à proposta de Jesus? Tiago e João pretendem uma resposta agressiva, “musculada”, que retribua na mesma moeda, face à hostilidade manifestada pelos samaritanos (a referência ao “fogo do céu” leva-nos ao castigo que Elias infligiu aos seus adversários – cf. 2 Re 1,10-12); mas Jesus avisa-os que o seu “caminho” não passa nem passará nunca pela imposição da força, pela resposta violenta, pela prepotência (no seu horizonte próximo continua a estar apenas a cruz e a entrega da vida por amor: é no dom da vida e não na prepotência e na morte que se realizará a sua missão). Isto é algo que os discípulos nunca devem esquecer, se estão interessados em percorrer o “caminho” de Jesus.
Na segunda parte (vers. 57-62), Lucas apresenta – através do diálogo entre Jesus e três candidatos a discípulos – algumas das condições para percorrer, com Jesus, esse “caminho” que leva a Jerusalém, isto é, que leva ao acontecer pleno da salvação. Que condições são essas? O primeiro diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações materiais: para o discípulo, o Reino tem de ser infinitamente mais importante do que as comodidades e o bem-estar material.
O segundo diálogo sugere que o discípulo deve despegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua relativa importância (o dever de sepultar os pais é um dever fundamental no judaísmo), impedem uma resposta imediata e radical ao Reino.
O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve despegar-se de tudo (até da própria família, se for necessário), para fazer do Reino a sua prioridade fundamental: nada – nem a própria família – deve adiar e demorar o compromisso com o Reino.
Não podemos ver estas exigências como normativas: noutras circunstâncias, Ele mandou cuidar dos pais (cf. Mt 15,3-9); e os discípulos – nomeadamente Pedro – fizeram-se acompanhar das esposas durante as viagens missionárias (cf. 1 Cor 9,5)… O que estes ensinamentos pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do Reino.

ATUALIZAÇÃO

Na reflexão, considerar os seguintes elementos:

A nós, discípulos de Jesus, é proposto que O sigamos no “caminho” de Jerusalém, nesse “caminho” que conduz à salvação e à vida plena. Trata-se de um “caminho” que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós próprios, com o amor até às últimas consequências. Aceitamos ser discípulos, isto é, embarcar com Jesus no “caminho de Jerusalém”?
O “caminho do discípulo” é um caminho exigente, que implica um dom total ao “Reino”. Quem quiser seguir Jesus, não pode deter-se a pensar nas vantagens ou desvantagens materiais que isso lhe traz, nem nos interesses que deixou para trás, nem nas pessoas a quem tem de dizer adeus… O que é que, na nossa vida quotidiana, ainda nos impede de concretizar um compromisso total com o “Reino” e com esse caminho do dom da vida e do amor total?
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(em parte adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.

Ao longo dos dias da semana anterior ao 13º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.

2. VALORIZAR AS PROCISSÕES DA CELEBRAÇÃO.

O “Segue-Me” que Cristo nos dirige no Evangelho pode ser realçado particularmente nas procissões da Eucaristia:
- procissão de entrada: seguir atrás de Cristo, salvador dos homens;
- procissão do Evangeliário no momento da aclamação do Evangelho: seguir atrás de Cristo, Palavra de Vida;
- procissão de ofertório: seguir atrás de Cristo, sacerdote eterno na sua oblação ao Pai;
- procissão de comunhão: é Cristo que nos convida a comungar o seu Corpo e o seu Sangue;
- procissão de saída: é Cristo que nos envia para o mundo.
Cada comunidade procurará encontrar os meios mais adequados para valorizar as procissões na Eucaristia, tantas vezes esquecidas ou mal preparadas, como expressão simbólica e profunda do nosso seguimento de Cristo.

3. O SALMO.

O Salmo de hoje é um dos mais belos e mais profundos. Seria útil que toda a assembleia tivesse o texto fotocopiado, para ser acompanhado no momento próprio da sua proclamação. Depois da comunhão, pode ser retomado: em acção de graças, toda a assembleia pode ler lentamente as quatro estrofes.

4. ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.

Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Deus de bondade, de luz, de vida e de alegria, como Elias e Eliseu, vale a pena agarrarmo-nos a Ti sem olhar para trás. Nós Te damos graças pelos teus apelos.
Nós Te pedimos pelos nossos irmãos e irmãs indecisos, que duvidam e hesitam em dar o passo, nas múltiplas solicitações da existência.
No final da segunda leitura:
Pai, nós Te damos graças pela libertação realizada pelo teu Filho, que nos purifica das forças do mal, e pelo dom do teu Espírito, que nos purifica do egoísmo.
Escutando o teu Filho Jesus, colocamo-nos sob a acção do Espírito Santo, para que nos penetre com a sua luz e nos indique o caminho.
No final do Evangelho:
Deus fiel, bendito sejas pela paciência que o teu Filho Jesus nos revela: não lanças o fogo do céu sobre os indiferentes e os duros de coração, porque não queres a morte do pecador, mas que ele viva.
Nós Te pedimos: liberta-nos do peso das nossas culpabilidades, purifica-nos dos erros cometidos, para que possamos seguir o teu Filho com um coração leve e puro.

5. BILHETE DE EVANGELHO.

Quando Lucas menciona que Jesus tomou com coragem o caminho de Jerusalém, apresenta Cristo plenamente livre e decidido em ir até ao fim da sua missão, com o risco de aí viver a sua Paixão. É, pois, um Cristo a caminho que reencontram os seus discípulos e, nesta caminhada como em todas as outras, há obstáculos de toda a espécie. Encontra a recusa dos Samaritanos, mas Jesus passa e respeita a liberdade das pessoas que encontra. Ao contrário de Tiago e João que queriam empregar o método da força… E depois, quando alguém caminha dá também vontade de seguir os seus passos. Somente Cristo em marcha sabe aonde vai, avança com passo decidido. Então, quem quiser segui-l’O não pode ter hesitações nem restrições. Para Ele, o tempo urge, tem a ver com a salvação da humanidade, com a vontade do Pai.
Se Jesus parece exigente para com aqueles que O querem seguir, é porque Ele mesmo é exigente quanto à sua própria caminhada. É caminhando que Jesus convida a colocarmo-nos a caminho atrás d’Ele. Então, aqueles que o seguirem poderão dizer como Paulo: “combati o bom combate, acabei a minha carreira, guardei a fé”.

6. À ESCUTA DA PALAVRA.

Frases fortes, às vezes revoltantes, as do Evangelho de hoje. É impossível pararmos em cada uma delas. Retenhamos a última afirmação de Jesus: “Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus”. Mas olhar para trás pode ser útil, mesmo necessário: parar para fazer o ponto da situação, fazer o balanço, saber onde se está, reconhecer os erros cometidos mas também os progressos realizados, para poder recomeçar melhor. É também dar graças pelas amizades, pelas experiências enriquecedoras. E tirar lições positivas dos fracassos.
Tudo isso é bom e Jesus não pode condenar ou proibir isso. Mas há outra maneira de olhar para trás: é querer voltar para trás, manter em si uma vã nostalgia, como quando dizemos, por exemplo, que “antigamente, é que era bom, era melhor que agora!”.
Lamentamos o tempo em que, pensamos nós, havia o respeito dos verdadeiros valores, onde havia referências seguras, que pensávamos imutáveis. Lembramo-nos das igrejas cheias, das missas em latim. “Nessa altura, sim, havia fé!”, dizemos, enquanto que, hoje, só há dinheiro, violência, sexo, divórcios, droga! E suspiramos:
“No meu tempo, não era assim!” Ora, esquecemos simplesmente que o “meu tempo” é o tempo que me é dado hoje. Não é mais ontem, não é ainda amanhã, é hoje. Mais ainda, quando acreditamos que Jesus ressuscitou, referimo-nos a um acontecimento que se passou há dois mil anos. E pensamos, por vezes, que para nos juntarmos a Jesus, é preciso voltar atrás. Isso é um grande erro. Pela sua ressurreição, Jesus saiu do nosso tempo, tornou-Se o contemporâneo de cada momento do tempo. Jesus conhece-me, encontra-me, dá-me a sua presença hoje, em cada instante da minha vida. Jesus pede-me para não voltar atrás, porque me diz: “É agora que te amo, é agora que quero encontrar-te, estar contigo”. Se aceito isso, então sou “feito para o Reino!”

7. ORAÇÃO EUCARÍSTICA.

Em ligação com o Evangelho, pode-se escolher a Oração Eucarística II, sublinhando a expressão “Tu nos escolheste para servir em tua presença”.

8. PALAVRA PARA O CAMINHO…

Apelo e convite a amar. Apelo: um convite presente em todas as leituras deste domingo. Apelo que recebe um acolhimento favorável, mas com resistências quanto à resposta. Sim, mas… Vamos aceitar o apelo de Jesus a segui-l’O, vamos renovar o convite a segui-l’O no amor. Em cada momento, ao longo da semana que se segue…


SUGESTÃO DO SITE: WWW.PRESBITEROS.COM.BR

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dom Antonio Bras Benevente


O Papa Beto XVI nomeou bispo da cidade de Jacarezinho, Paraná - o Mons. Antônio Braz Benevente do cléro de uberaba-MG
Viagário Geral da Arquidiocese de Uberaba
Ecônomo da Arquidiocese de Uberaba
Pároco da Paróquia São Benedito
Data de nascimento 01/01/61
Ordenação sacerdotal 07/12/1985
Foi ordenado Dom Benedito de Ulhoa Vieira
Muito querido e amado pelo Clero de Uberba

sexta-feira, 18 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA 20 DE JUNHO

12º DOMINGO DO TEMPO COMUM
DIA NACIONAL DO MIGRANTE

Anim. Bem-vindos irmãos e irmãs para celebrar a Santa Eucaristia. Recordemo-nos que hoje é o Dia do Migrante, cuja trajetória pelos caminhos da nossa Pátria lembra o Povo de Deus atravessando o deserto em busca da Terra Prometida. Rezemos para que encontrem o seu lugar, onde possam viver com tranqüilidade e dedicar-se mais à busca de outros valores, que, com certeza, apontam para a eternidade, que é a meta final dos peregrinos nesse mundo. Rezemos pelo 1º Congresso de Leigos, para que possa aprofundar as metas da sua segunda etapa nas Regiões Episcopais.

2. SAUDAÇÃO
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco!
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

3. ATO PENITENCIAL
P. No início desta celebração eucarística, peçamos a conversão do coração, fonte de reconciliação e comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs.
(Pausa)
P. Senhor, que viestes procurar quem estava perdido, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, que viestes dar a vida em resgate de muitos, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, que congregais na unidade os vossos filhos dispersos, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T. Amém.

4. HINO DE LOUVOR
(de preferência cantado)
P. Glória a Deus nas alturas,
T. e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.

5. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por N.S.J.C.
T. Amém.

Anim. O Cristo passou pela morte para ser glorificado. Por isso, a cruz está no eixo da vida cristã. Ouçamos com atenção:

6. PRIMEIRA LEITURA (Zc 12, 10-11; 13,1)
Leitura do livro do profeta Zacarias
Assim diz o Senhor:
10“Derramarei sobre a casa de Davi
e sobre os habitantes de Jerusalém
um espírito de graça e de oração;
eles olharão para mim.
Ao que eles feriram de morte,
hão de chorá-lo,
como se chora a perda de um filho único,
e hão de sentir por ele a dor
que se sente pela morte de um primo gênito.
11Naquele dia, haverá um grande pranto em Jerusalém,
como foi o de Adadremon, no campo de Magedo.
13,1Naquele dia,
haverá uma fonte acessível
à casa de Davi e aos habitantes de Jerusalém,
para ablução e purificação”.
– Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

7. SALMO DE RESPOSTA 63(62)
CD XI (Fx 16)
A minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!
1. Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, como terra sedenta e sem água! Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder.
2. Vosso maior vale mais do que a vida: E por isso, meus lábios vos louvam. Quero, assim, vos louvar pela vida e elevar para vós minhas mãos! A minh’alma será saciada como em grande banquete de festa.
3. Cantará a alegria em meus lábios, ao cantar para vós meu louvor! Para mim fostes sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto! Minha alma se agarra em vós; com poder vossa mão me sustenta.

8. SEGUNDA LEITURA Gl 3, 26-29
Leitura da carta de São Paulo aos Gálatas
– Irmãos,
26vós todos sois filhos de Deus
pela fé em Jesus Cristo.
27Vós todos que fostes batizados em Cristo
vos revestistes de Cristo.
28O que vale não é mais ser judeu nem grego,
nem escravo nem livre,
nem homem nem mulher,
pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo.
29Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão,
herdeiros segundo a promessa.
– Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

9. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
10. EVANGELHO (Lc 9, 18-24)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
T. Glória a vós, Senhor.
P. Certo dia,
18Jesus estava rezando num lugar retirado,
e os discípulos estavam com ele.
Então Jesus perguntou-lhes:
“Quem diz o povo que eu sou?”
19Eles responderam:
“Uns dizem que és João Batista;
outros, que és Elias;
mas outros acham
que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.
20Mas Jesus perguntou:
“E vós, quem dizeis que eu sou?”
Pedro respondeu:
“O Cristo de Deus”.
21Mas Jesus proibiu-lhes severamente
que contassem isso a alguém.
22E acrescentou:
“O Filho do homem deve sofrer muito,
ser rejeitado pelos anciãos,
pelos sumos sacerdotes e doutores da lei,
deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
23Depois Jesus disse a todos:
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz cada dia, e siga-me.
24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
e quem perder a sua vida por causa de mim,
esse a salvará”.
- Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.

11. PROFISSÃO DE FÉ
P. Creio em Deus Pai todo-poderoso,
T. Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

12. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P. Irmãos e irmãs, roguemos a Deus Pai, pedindo com fervor:
T. Senhor, fortalecei-nos no caminho da Cruz.
1. Deus Pai, iluminai a Igreja no seguimento de Cristo.
2. Auxiliai os cristãos do nosso tempo na compreensão do mistério da cruz.
3. Alimentai em nossas famílias o diálogo e a responsabilidade.
4. Fazei-nos mais austeros e menos consumistas.
5. Despertai a nossa consciência para o cuidado com o meio ambiente.
6. Inspirai-nos ações eficazes de solidariedade com os que vivem nas ruas.
7. Sensibilizai-nos para a dura realidade dos migrantes em nosso País.
(Outras preces da Comunidade)
P. Tudo isso vos pedimos, ó Pai, por Cristo, Nosso Senhor.
T. Amém.

13. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS

14. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P. Orai, irmãos e irmãs...
T. Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu Nome, para nosso bem e de toda a Santa Igreja.
P. Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

15. ORAÇÃO EUCARÍSTICA V ( MR, p. 495)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Nosso Senhor Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
P. É justo e nos faz todos ser mais santos louvar a vós, ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de noite, agradecendo com Cristo, vosso Filho, nosso irmão. É ele o sacerdote verdadeiro que sempre se oferece por nós todos, mandando que se faça a mesma coisa que fez naquela ceia derradeira. Por isso, aqui estamos bem unidos, louvando e agradecendo com alegria, juntando nossa voz à voz dos anjos e à voz dos santos todos, pra cantar (dizer):
T. Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
CP. Senhor, vós que sempre quisestes ficar muito perto de nós, vivendo conosco no Cristo, falando conosco por ele,
CC. mandai vosso Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se mudem no Corpoe no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
T. Mandai vosso Espírito Santo!
Na noite em que ia ser entregue, ceando com seus apóstolos, Jesus, tendo o pão em suas mãos, olhou para o céu e deu graças, partiu o pão e o entregou a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Tudo isto é mistério da fé!
T. Toda vez que se come deste Pão, toda vez que se bebe deste Vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando sua volta.
P. Recordamos, ó Pai, neste momento, a paixão de Jesus, nosso Senhor, sua ressurreição e ascensão; nós queremos a vós oferecer este Pão que alimenta e que dá vida, este Vinho que nos salva e dá coragem.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
E quando recebermos Pão e Vinho, o Corpo e Sangue dele oferecidos, o Espírito nos una num só corpo, pra sermos um só povo em seu amor.
T. O Espírito nos una num só corpo!
1C. Protegei vossa Igreja que caminha nas estradas do mundo rumo ao céu, cada dia renovando a esperança de chegar junto a vós, na vossa paz.
T. Caminhamos na estrada de Jesus!
2C. Dai ao Santo Padre, o Papa Bento ser bem firme na Fé, na caridade e a Odilo, que é bispo desta Igreja, muita luz pra guiar o seu rebanho.
T. Caminhamos na estrada de Jesus!
3C. Esperamos entrar na vida eterna com a Virgem, Mãe de Deus e da Igreja, os apóstolos e todos os santos, que na vida souberam amar Cristo e seus irmãos.
T. Esperamos entrar na vida eterna!
4C. A todos que chamastes para outra vida na vossa amizade, e aos marcados com o sinal da fé, abrindo vossos braços, acolhei-os. Que vivam para sempre bem felizes no reino que para todos preparastes.
T. A todos dai a luz que não se apaga!
CP. E a nós, que agora estamos reunidos e somos povo santo e pecador, dai força para construirmos juntos o vosso reino que também é nosso.
CP. ou CC. Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
T. Amém.

16. PAI NOSSO
P. Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos ensinou:
T. Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
P. Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T. Vosso é o reino o poder e a glória para sempre!

17. CANTO DE COMUNHÃO

18. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.


20. BÊNÇÃO E DESPEDIDA
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Deus vos abençoe e vos guarde.
T. Amém.
P. Ele vos mostre sua face e se compadeça de vós.
T. Amém.
P. Volva para vós o seu olhar e vos dê a sua paz.
T. Amém.
P. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
T. Amém.
P. Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.

21. CANTO

Homilia para o dia 20 de junho de 2009

Homilia do dia 20/06/2010 – XII Domingo do Tempo Comum


Neste XII Domingo do Tempo Comum, somos desafiados, nesta Eucaristia, a confessar que Jesus é o Cristo de Deus. Nossa fé nos impele a derrubar toda barreira discriminatória e reconhecer que em Cristo somos um. Celebre3mos em comunhão com todos os refugiados, que buscam uma pátria acolhedora, e com todos os migrantes, que anseiam por melhores condições de vida.

20/06/2010 – XII Domingo do Tempo Comum
Cor Litúrgica: Verde
1ª Leitura: Zacarias 12, 10-11;13,1
Salmo: 62(63)
2ª Leitura Gálatas 3,26-29
Evangelho: Lucas 9,18-24

Evangelho. Tema: A afirmação de Pedro

Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
Depois disse a todos:
- Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira.

Comentário do Evangelho: Transfiguração e no horto das Oliveiras

Este episódio sobre a identidade de Jesus, como em Marcos, é um elo de articulação para uma nova parte do Evangelho de Lucas. Daqui em diante serão feitas alusões aos sofrimentos de Jesus em Jerusalém, e será narrada a caminhada entre a Galileia e Jerusalém.

Lucas registra a oração de Jesus em momentos decisivos. Assim foi na sua opção pelo batismo de João, na escolha dos Doze, na transfiguração e no horto das Oliveiras. Várias eram as opiniões quanto à origem de Jesus. Para as opiniões emanadas da ideologia do poder dos chefes religiosos de Israel, um personagem que se evidencia só merece credibilidade se tiver origem nobre e grandiosa.

Contudo, pessoas identificadas com os anseios populares podem superar este controle ideológico. As identificações com João Batista, com Elias, ou com algum dos antigos profetas exprimem a expectativa de um líder popular libertador.

Entretanto, caberá a Pedro, próximo a Jesus, a interpretação equivocada, identificada com a ideologia do sistema religioso da sinagoga: Jesus é o messias ("cristo") davídico, escolhido por Deus. Está implícita aqui a ideologia da aliança eterna de Deus com a casa de Davi (cf. profecia de Natã, 2Sm 7).

Em decorrência segue-se a severa repreensão aos discípulos. A narrativa destina-se amplamente às novas comunidades a fim de que não se atrelassem à ideologia messiânica de poder, opressora e conservadora, da sinagoga.

No momento da redação do Evangelho de Lucas o Templo já havia sido destruído. Na segunda parte do texto temos o "primeiro anúncio da paixão", seguindo-se mais outros dois (9,43-44; 18,31-33), sobre o sofrimento, morte e ressurreição de Jesus.

Pode-se perceber que estes três anúncios têm origem em tradições das comunidades primitivas oriundas do Judaísmo, com a interpretação sacrifical da morte de Jesus. Teriam, então, origem em advertências feitas por Jesus sobre a ameaça de morte que pairava sobre ele, uma vez que os chefes religiosos das sinagogas e do Templo já estavam planejando esta morte.

Zacarias destaca a inclusão da casa de Davi e de Jerusalém no derrame, sobre todos os povos, do espírito de perdão e misericórdia (primeira leitura). A universalidade da fé e da filiação divina é atestada por Paulo (segunda leitura), na adesão à fé de Abraão, um arameu, de cuja descendência, segundo a tradição bíblica, originam-se Israel e diversos outros povos da região.

Pe. Lucimar Geraldo

sexta-feira, 4 de junho de 2010

DICAS DE HOMILIA PARA O 10 DOMINGO COMUM

Homilia do 10º Domingo do tempo comum


Hoje somos chamados a contemplar o Cristo, que nos arranca da morte e nos coloca no eixo da vida. É por isso que a vocação cristã implica numa permanente disposição para a missão, pois todos necessitam da vida nova trazida por Jesus. Neste sentido, os leigos e leigas da nossa Arqui diocese estão na segunda etapa do Primeiro Congresso, cujo lema é, justamente, Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo. Recordemos também que na próxima sexta-feira, dia 11 de junho, é o Dia Mundial do Sagrado Coração de Jesus e dia especial de oração pelo clero. Nesse sentido, rezemos pelo Congresso Sacerdotal Internacional, a ser realizado nos dias 9 a 11 de junho, a fim de que os frutos do Ano Sacerdotal enriqueçam a Igreja, ornando-a com a santidade do clero.

“O SENHOR DA VIDA”
Jesus não ressuscitou muita gente naquele tempo, os evangelhos mencionam apenas três: Lázaro de Betania, irmão de Marta e Maria, a filhinha de Jairo, Chefe da Sinagoga, e o filho da viúva de Naim, que Lucas narra no evangelho desse domingo.
Conclui-se, portanto, que não era propósito de Jesus libertar e salvar os homens da morte biológica, pois se fosse assim, sua missão teria sido um fracasso já que ressuscitou apenas esses três e nem José, seu pai adotivo, ele teria conseguido livrar da morte. Há ainda outra questão importante a ser considerada: que vantagem teria se ressuscitar fosse apenas retornar a esta vida, com todas as suas limitações e aprendizado, suas angústias e tribulações? Por acaso não iríamos morrer novamente, como o próprio Lázaro, a filha de Jairo e o moço que Jesus ressuscita nesse evangelho? Não, não valeria a pena, com toda certeza!
Essa vida nova que Cristo nos dá, através de sua paixão, morte e ressurreição, é infinitamente melhor e superior a esta existência terrena, a ponto do apóstolo Paulo afirmar em uma de suas cartas “os sofrimentos do tempo presente nem se comparam àquilo que Deus irá nos revelar”, ou ainda “o que vemos hoje é como se fosse em um espelho, mas depois nos veremos como de fato o somos”.
A chave que decifra esse mistério da Vida e da morte está precisamente em Cristo, nele o Pai não só se revela, mas revela também quem é o homem. A graça de Deus que em Cristo recebemos nos faz criaturas novas onde o mistério é iluminado pela luz da Fé.
Essa grande e feliz Verdade chegou até nós por causa do evangelho, anunciado pelo próprio Cristo – filho de Deus feito homem, que ao trazer-nos a Boa Nova permitiu-nos conhecer a Deus, descobrindo o sentido da nossa vida na Vida de Cristo, onde todos os limites humanos foram superados, ao dar-nos acesso a Deus, rompendo para sempre a barreira do pecado.
Sem este anúncio e esta graça, a nossa esperança por uma Vida Nova, seria vã, não passaria de uma grande utopia, uma fantasia e ilusão que um belo dia chegaria ao seu final, mas o homem que vive pela fé, a comunhão com Cristo, sabe em seu coração que não caminha para o fracasso da morte e esta esperança viva é que dá a esta vida terrena um sentido novo.
Portanto, nossa Vida está em Cristo porque nele nos movemos e somos, sem ele, nossa caminhada terrena não passa de um cortejo fúnebre, onde somos como um morto vivo, caminhando para a ruína da morte biológica, para ser devorado pela terra.
A vida do homem que tomou a decisão de viver sem Deus, ignorando esta Salvação e Libertação oferecida por Jesus, é muito triste, porque ele se ilude com toda pompa que esta vida oferece, satisfazendo seus desejos egoístas, colocando toda sua esperança nas coisas que passam, e no final, descobre que foi enganado, quando percebe que caminha para a morte. Mas nunca é tarde para reverter esse quadro doloroso, pois, para quem caminha assim, como se fosse um corpo sem vida, irradiando tristeza e dor aos que o acompanham, o evangelho desse domingo anuncia algo maravilhoso: no sentido contrário, vem chegando Cristo Jesus, Senhor da Vida, aquele que movido de compaixão, como na entrada da cidade de Naim, irá dizer a viúva e aos que a seguiam no enterro de seu filho: não chores!
Hoje há tantas mães caminhando tristes, levando seus filhos para a sepultura, há tanta gente caminhando cabisbaixa, sem uma perspectiva de vida e sem esperança no coração. Não chores mais – diz o Senhor, que ao tocar no esquife, que são as misérias do homem, dirá com firmeza “Moço, eu te ordeno, levanta-te!”.
E diante de sua palavra libertadora e restauradora, o homem renasce e se torna uma nova criatura, só Cristo é a nossa vida, só ele tem a palavra de ordem, capaz de nos levantar de todos os nossos pecados que querem nos arrastar inexoravelmente para a morte. Longe de Deus e da sua Salvação oferecida por Jesus, iremos fatalmente morrer, mas com ele teremos a Vida Eterna, que extrapola os nossos limites e nos reconduz ao paraíso da plenitude, resgatando a nossa imagem e semelhança com que fomos criados por Deus.
É missão nossa como Igreja anunciar a toda criatura esta vida que vem de Jesus, mas isso só será possível se como ele, tivermos no coração essa compaixão, que nos leve a sofrer e chorar com quem sofre e chora, onde um sorriso, um abraço, uma palavra de consolo ou um gesto de caridade, sempre feito em nome de Jesus, terá a mesma força de sua palavra libertadora, capaz de levantar quem se julga morto. O cristão, como qualquer ser humano, também pranteia seus mortos, mas a diferença está naquilo que ele espera: a plenitude da Vida, reservada aos que crêem que esta vida é uma peregrinação para a casa do Pai, predestinados que fomos desde toda a eternidade.

Pe. Lucimar



D I C A S P A R A D A T A S H O W




10º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1 COMETÁRIO.
2. SAUDAÇÃO
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco!
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

3. ATO PENITENCIAL
P. Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
(Silêncio)
P. Confessemos os nossos pecados:
T. Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
P. Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T. Amém.
Kyrie
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.

4. HINO DE LOUVOR
(de preferência cantado)
P. Glória a Deus nas alturas,
T. e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.

5. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por N.S.J.C.
T. Amém.

Anim. Jesus Cristo nos arranca da morte e nos coloca no eixo da vida. Ouçamos com atenção:

6. PRIMEIRA LEITURA (1Rs 17,17-24)
Leitura do Primeiro Livro dos Reis.
Naqueles dias,
17sucedeu que o filho da dona da casa caiu doente,
e o seu mal era tão grave que ele já não respirava.
18Então a mulher disse a Elias:
“O que há entre mim e ti, homem de Deus?
Porventura vieste à minha casa
para me lembrares os meus pecados
e matares o meu filho?”
19Elias respondeu-lhe:
“Dá-me o teu filho!”
Tomando o menino do seu regaço,
levou-o ao aposento de cima onde ele dormia,
e o pôs em cima do seu leito.
20Depois, clamou ao Senhor, dizendo:
“Senhor, meu Deus,
até a viúva, em cuja casa habito como hóspede,
queres afligir, matando-lhe seu filho?”
21Depois, por três vezes,
ele estendeu-se sobre o menino e suplicou ao Senhor:
“Senhor, meu Deus,
faze, te rogo, que a alma deste menino
volte às suas entranhas”.
22O Senhor ouviu a voz de Elias:
a alma do menino voltou a ele
e ele recuperou a vida.
23Elias tomou o menino, desceu com ele
do aposento superior para o interior da casa,
e entregou-o à sua mãe, dizendo:
“Eis aqui o teu filho vivo”.
24A mulher exclamou:
“Agora vejo que és um homem de Deus,
e que a palavra do Senhor é verdadeira em tua boca”.
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

7. SALMO RESPONSORIAL 29(30) (CD XI Fx 11)
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, * e preservastes minha vida da morte!
1. Eu vos exalto, ó Senhor, * pois me livrastes * e não deixastes rir de mim * meus inimigos! * Vós tirastes minha * alma dos abismos * e me salvastes quando * estava já morrendo!
2. Cantai salmos * ao Senhor, povo fiel, * Dai-lhe graças e invocai * seu santo nome! * Pois, sua ira dura, * apenas, um momento, * mas sua bondade * permanece a vida inteira.
3. Escutai-me, Senhor Deus, * tende piedade! * Sede, Senhor, * o meu abrigo protetor! * Transformastes o meu pranto * em uma festa: * Senhor, meu Deus, * eternamente, hei de louvar-vos!

8. SEGUNDA LEITURA (Gl 1,11-19)
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas
11Asseguro-vos, irmãos,
que o evangelho pregado por mim
não é conforme a critérios humanos.
12Com efeito, não o recebi nem aprendi de homem algum,
mas por revelação de Jesus Cristo.
13Certamente ouvistes falar
como foi outrora a minha conduta no judaísmo,
com que excessos perseguia e devastava a Igreja de Deus
14e como progredia no judaísmo
mais do que muitos judeus de minha idade,
mostrando-me extremamente zeloso das tradições paternas.
15Quando, porém,
aquele que me separou desde o ventre materno
e me chamou por sua graça
16se dignou revelar-me o seu Filho,
para que eu o pregasse entre os pagãos,
não consultei carne nem sangue
17nem subi, logo, a Jerusalém
para estar com os que eram apóstolos antes de mim.
Pelo contrário, parti para a Arábia
e, depois, voltei ainda a Damasco.
18Três anos mais tarde, fui a Jerusalém
para conhecer Cefas
e fiquei com ele quinze dias.
19E não estive com nenhum outro apóstolo,
a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

9. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
10. EVANGELHO (Lc 7,11-17)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
T. Glória a vós, Senhor.
P. Naquele tempo,
11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim.
Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão.
12Quando chegou à porta da cidade,
eis que levavam um defunto, filho único;
e sua mãe era viúva.
Grande multidão da cidade a acompanhava.
13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela
e lhe disse:
“Não chore!”
14Aproximou-se, tocou o caixão,
e os que o carregavam pararam.
Então, Jesus disse:
“Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”
15O que estava morto sentou-se e começou a falar.
E Jesus o entregou à sua mãe.
16Todos ficaram com muito medo
e glorificavam a Deus, dizendo:
“Um grande profeta apareceu entre nós
e Deus veio visitar o seu povo”.
17E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira,
e por toda a redondeza.
- Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.

11. PROFISSÃO DE FÉ
P. Creio em Deus Pai todo-poderoso,
T. Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

12. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P. Irmãos e irmãs, confiantes no amor de Deus Pai, apresentemos os nossos pedidos rezando com fé:
T. Ó Pai, ajudai-nos a viver a comunhão no Coração de Jesus.
1. Iluminai a Igreja, para que, conduzida por Cristo, anuncie a vida aos que caíram no abismo da morte.
2. Ajudai os cristãos a testemunharem a força do Cristo ressuscitado.
3. Fazei-nos dóceis Àquele cuja palavra nos tira do egoísmo e nos insere na comunhão.
4. Inspirai em nossas comunidades ações eficazes em favor da vida.
5. Fazei-nos solidários com os que mais sofrem.
(intenções da comunidade)
P. Tudo isso vos pedimos, ó Pai, por Cristo, Nosso Senhor.
T. Amém

13. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS
(CD XI Fx 15)
Senhor, meu Deus, obrigado, Senhor, porque tudo é teu!
1. É teu o pão que apresentamos. É tua dor que suportamos: Obrigado, Senhor!
2. É teu o vinho que trazemos. É tua vida que vivemos: Obrigado, Senhor!
3. Na tua cruz crucificados. Seremos teus ressuscitados: Obrigado, Senhor!

14. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P. Orai, irmãos e irmãs...
T. Receba o Senhor...
P. Nosso Senhor Deus, vede nossa disposição em vos servir e acolhei nossa oferenda, para que este sacrifício vos seja agradável e nos faça crescer na caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

15. ORAÇÃO EUCARÍSTICA V
( MR, p. 495)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Nosso Senhor Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
P. É justo e nos faz todos ser mais santos louvar a vós, ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de noite, agradecendo com Cristo, vosso Filho, nosso irmão. É ele o sacerdote verdadeiro que sempre se oferece por nós todos, mandando que se faça a mesma coisa que fez naquela ceia derradeira. Por isso, aqui estamos bem unidos, louvando e agradecendo com alegria, juntando nossa voz à voz dos anjos e à voz dos santos todos, pra cantar (dizer):
T. Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
CP. Senhor, vós que sempre quisestes ficar muito perto de nós, vivendo conosco no Cristo, falando conosco por ele,
CC. mandai vosso Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se mudem no Corpo  e no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
T. Mandai vosso Espírito Santo!
Na noite em que ia ser entregue, ceando com seus apóstolos, Jesus, tendo o pão em suas mãos, olhou para o céu e deu graças, partiu o pão e o entregou a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Tudo isto é mistério da fé!
T. Toda vez que se come deste Pão, toda vez que se bebe deste Vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando sua volta.
P. Recordamos, ó Pai, neste momento, a paixão de Jesus, nosso Senhor, sua ressurreição e ascensão; nós queremos a vós oferecer este Pão que alimenta e que dá vida, este Vinho que nos salva e dá coragem.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
E quando recebermos Pão e Vinho, o Corpo e Sangue dele oferecidos, o Espírito nos una num só corpo, pra sermos um só povo em seu amor.
T. O Espírito nos una num só corpo!
1C. Protegei vossa Igreja que caminha nas estradas do mundo rumo ao céu, cada dia renovando a esperança de chegar junto a vós, na vossa paz.
T. Caminhamos na estrada de Jesus!
2C. Dai ao Santo Padre, o Papa Bento ser bem firme na Fé, na caridade e a Odilo, que é bispo desta Igreja, muita luz pra guiar o seu rebanho.
T. Caminhamos na estrada de Jesus!
3C. Esperamos entrar na vida eterna com a Virgem, Mãe de Deus e da Igreja, os apóstolos e todos os santos, que na vida souberam amar Cristo e seus irmãos.
T. Esperamos entrar na vida eterna!
4C. A todos que chamastes para outra vida na vossa amizade, e aos marcados com o sinal da fé, abrindo vossos braços, acolhei-os. Que vivam para sempre bem felizes no reino que para todos preparastes.
T. A todos dai a luz que não se apaga!
CP. E a nós, que agora estamos reunidos e somos povo santo e pecador, dai força para construirmos juntos o vosso reino que também é nosso.
P. Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
T. Amém.
16. PAI NOSSO
P. Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos ensinou:
T. Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
P. Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T. Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
P. Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
T. Amém.
P. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
T. O amor de Cristo nos uniu.
P. Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
T. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. / Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. / Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
P. Felizes os convidados para o Banquete nupcial do Cordeiro. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
T. Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).


18. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, que curais nossos males, agi em nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más inclinações e orientando para o bem a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.


20. BÊNÇÃO E DESPEDIDA
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. A paz de Deus, que supera todo entendimento, guarde vossos corações e vossas mentes no conhecimento e no amor de Deus, e de seu filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
T. Amém.
P. Abençoe-vos, Deus todo-poderoso, Pai e Filho  e Espírito Santo.
T. Amém.

21. CANTO FINAL


FONTE DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO – O FOLHETO O POVO DE DEUS

Bem vindo Irmão ao nosso novo Areópago moderno?

Areópago moderno?
Será este blog um Areápago Moderno?
O que no diz Atos 17, 16-21

Enquanto Paulo os esperava em Atenas, à vista da cidade entregue à idolatria, o seu coração enchia-se de amargura.

Disputava na sinagoga com os judeus e prosélitos, e todos os dias, na praça, com os que ali se encontravam.

Alguns filósofos epicureus e estóicos conversaram com ele. Diziam uns: Que quer dizer esse tagarela? Outros: Parece que é pregador de novos deuses. Pois lhes anunciava Jesus e a Ressurreição.

Tomaram-no consigo e levaram-no ao Areópago, e lhe perguntaram: Podemos saber que nova doutrina é essa que pregas?

Pois o que nos trazes aos ouvidos nos parece muito estranho. Queremos saber o que vem a ser isso.

Ora (como se sabe), todos os atenienses e os forasteiros que ali se fixaram não se ocupavam de outra coisa senão a de dizer ou de ouvir as últimas novidades.

Quem sou eu

Sacerdote Católico desde 1994 - Pro-paroquia Nossa Senhora Aparecida - Arquidiocese de Uberba - MG

VENHA SER MEU SEGUIDOR SEJA PADRE OU O QUE FOR